sábado, outubro 28, 2006

UM XI CORAÇÃO

A todos que me me têm lido, o meu agradecimento profundo porque quando se escreve algo e que há uma reacção da parte de desconhecidos é porque. sem dúvido se estabeleceu uma ponte e foi criado um elo.
E esses elos foram nascendo e fortalecendo entre mim e os meus leitores, transfromando-se em amizades e conhecimentos (muitos) que deixaram de ser virtuais para serem reais, ao vivo e a cores.
Aos que acompanharam nesta última loucura, cuidar de um golfinho bebé, que manisfestarm o seu entusiasmo quero dizer-lhes que me deram forças pois aquilo foi no mínimo dificil para alguém com a minha idade... mas valeu a pena!!!!
Espero que estes elos nunca se desfaçam porque estou a precisar deles mais do que nunca.
Mas o EU SUPERIOR cuida sempre de nós e dá-nos a compensação por vias diferentes do que por vezes falta de onde não devia faltar.
Agora gostariaa de transcrever aqui um dos muitos emails que recebi lá no meu golfinho e que me pôs de lágrima no olho mas que não quero deixar de partilhar convoosco

Querida Maria,

Quero que sejas feliz nesta tua estada na Figuiera da Foz. Apetecia-me estar contigo sem terceiros, choramos e rirmos e limparmos a nossa alma, acho que nos faria bem às duas. Trago algo entupido dentro de mim mas não é nem num psicalista nem com psicólogos que acho que desabafaria, antes sim com uma pessoa como tu, humana, sensível, sofrida e de mente aberta e com muito mas muito senso comum. Talvez não acredites porque não falamos muito frequentemente mas marcaste a minha vida. Algo que nem sei definir bem, que sai de ti, uma energia muito Zen, mesmo quando as adversidades te batem à porta, podes-te queixar, mas surpreendes-me com a capacidade que tens de momentos depois soltares uma daquelas tuas sonoras gargalhadas e com ela espalhares vida e cor aos outros. Tens esse dom amiga e não devo ser eu a 1ª pessoa a dizer-to,
Espero que pelos menos durante uns tempos usufruas de paz, muita paz e alegria, merece-lo!

Um grande xi da tua amiga,
E.

É por estas e por outras que a vida vale a pena ser vivida
Um xi muito grande a todos os que aturam aqui na net.

segunda-feira, outubro 23, 2006


e aqui está o olhinho dele a espreitar-me quando eu lhe disse:
Mostra o olhinho à vovó::)) E mostrou !!!!
E no último dia pedi-lhe completamente convencida de que nada aconteceria:
Mostra os dentinhos à vovó... e não é que mostrou !!
e à terceira vez e à quarta vez e à quinta já não pode mesmo ser coincidência...:::)))

que encanto de golfinho !!!!

o meu segundo NETO

aí vão algumas fotos do meu neto mais novo: NAZARÉ
além de mim que apareço a rir enquanto se montava uma segunda piscina, há também o Prof.Dr. José Vingada, Dr. Jorge e Dra. Marisa que basta olhar para eles para se ver o espírito de boa disposição que reina e envolve este golfinho abençoado e cuidado por esta GENTE fabulosa.
E reparem no olhinho dele... tão doce ::)))







domingo, outubro 22, 2006

AINDA A GOLFINHAR...::)))



Já sem estar junto ao meu "neto", aqui estou a pedir-vos algo mais que atenção
Precisa-se de tudo ou quase tudo lá em QUAIOS one se encontra em recuperação o golfinho bebé.
Aquela gente que além de biólogos, voluntários de todas as espécies, são MISSIONÁRIOS!!! Não há horas para comer e muito menos para dormir... porém os voluntários são respeitados em tudo - horários de turno, refeições, etc.
O trabalho é sempre a "abrir" e o turno passa num foguete (8 Horas) !!!
As fotos irão aparecer quando mas passarem para o PC.

Agora mais uma coisinha - visitem este site e ficaram a saber o que se faz por lá e como, sem sairem das vossas casa podem ajudar a quem está necessitado de quase tudo...
http://blog.socpvs.org

Ajudem no quiserem e puderem
O meu MUITO OBRIGADA
maria de são pedro

P.S. na 6ª feira veio enredada na pesca de arrasto uma tartaruga gigante (1.90) que não sobreviveu...

quarta-feira, outubro 18, 2006

G O L F I N H AN D O

pois meu pessoal cá continuo a golfinhar... trabalho duro para quem é sedentária e sorna :)
pego no turno das 8 da matina e só largo às quatro da tarde.. com os pés quadrados, as costas feitas num oito e feliz até mais não!!!!!!!!!!!!!!!!
nunca comi tanto pão com manteiga porque é o mais rápido de comer e assim não perder pitada do meu "neto" que já conhece a voz desta avó maluca e babada...
amanhã começo a contar tudo pois estou num PC de emprétimo e não quero abusar.
xi muuito saudoso da
maria

domingo, outubro 15, 2006

golfinho bebe

e já cá estou, olhando um bebé de 1.70m, cabecinha redondinha qual baleia :)
já o vi despetro, ensonado, alegre, brincalhão e com birras... verdade!!!
dá autenticas "marradas" nas paredes da piscina quando não o deixam ir para o seu sitio de leição - debaixo das escadinhas que dão acesso à água.
ainda não tive o prazer de compartilhar o espaço com ele mas amanhã lá vou eu ::))))
xi
muito grande
maria

sábado, outubro 14, 2006

G O L F I N H A R


MEUS AMORES... VOU GOLFINHAR!!! ACABEI DE INVENTAR MAIS UM VERBO EM PORTUGUÊS :::)))))
tou de partida para mais uma maluqueira ... até 5ª feira (ai como vou precisar da vossa LUZ para me aguentar fisicamente) vou cuidar do golfinho bebé que se encontra em recuperação perto da Figueira da Foz.
Vou tentar dar notícias mas não sei se terei acesso à internet.
Mas a prtir de 6ª feira terão notícias fresquinhas ::))
wish me luck.

quinta-feira, outubro 12, 2006

E PORQUE A NET NÃO SERVE SÓ PARA ENGATES E EMBUSTES... VAMOS AJUDAR!!!

http://fasesdalua2020.blogspot.com/

AGRADEÇO QUE VÃO A ESTE BLOG... TEMOS DE AJUDAR !!!

MUITO GRAVE

e porque é de uma gravidade extrema, agradecia que fossem ao

http://indigo-as-princesas.blogspot.com/

e divulgassem o máximo já que, ao que parece, a nível legal, nada funciona e a megera continua impune e à solta!!!

segunda-feira, outubro 09, 2006

GATO PEDRA

GATO PEDRA


Em um silêncio
calculado,
eu, dono
da minha humana,
roço-me
altivo,
macio
e rechonchudo...
Encolho as garras
e deslizo fugaz,
no mistério da vida.


Sempre que ali passava, ficava fascinada com aquele chão de pedras, antigas, gastas, de uns tons brancos, cinzas e mesmo negros que tinham a capacidade de me transportar sei lá onde.
Era mesmo esquisito o que me acontecia, parecia que regressava a algum sítio, já conhecido e amado, pois a sensação era de saudade, uma profunda e intensa melancolia que me deixava sempre a suspirar.
Ficava perdida em pensamentos que não conseguia ordenar, pensamentos difusos que ondulavam, esvoaçando como pedacinhos de nuvens em tarde outonal.
Era inevitável este deambular por algo suave mas inatingível.
Hoje, para não variar, um imenso suspiro arrancou-se-me do peito, aos olhar de través, aquele pequeno pátio e o chão tão polido, de tanto ser calcorreado.
Rua acima, fui pensando, quantas famílias ele teria conhecido, quantos dramas, quantas alegrias e num repente, olhei para trás.
Nunca conseguia resistir a este apelo tão íntimo e tão forte que quase doía.
A minha reacção era sempre tímida, pois olhava para lá, de relance e o embate emocional era sempre tão forte que eu começava logo a andar mais depressa, forçando-me a subir a rua.
Parei de supetão.
Desta vez, é que era e não ia adiar o que já se tinha tornado inevitável.
Num rompante, voltei para trás.
Ia parar, ficava a olhar o tempo que muito bem entendesse e pronto.
Ia mergulhar nas lembranças estranhas que me assolavam sempre e das quais eu fugia a sete pés, tanto mental como fisicamente pois chegava sempre ao topo da rua a deitar os bofes pela boca .
E se alguém saísse daquela casa velhinha e me perguntasse o que estava para ali a fazer, feita parva?!
Isso seria algo a resolver na altura e eu não costumava ficar atrapalhada por dá cá aquela palha.
O dia estava cinzento e fresco, o vento vindo da serra prenunciava chuva e também se ouviam os barcos com as sirenes angustiadas, furando o nevoeiro que já pairava à beira mar.
Quando descera do comboio que me trouxera da capital, olhara o oceano que já ocultara o horizonte numa fina bruma e pensara que nessa noite iria chover.
Desci a rua e parei mesmo em frente ao “meu” pátio.
Não fazia a mínima ideia do que diria numa situação tão embaraçosa, mas se isso acontecesse, logo se veria.
O passeio era estreito e as pedras encavalitadas faziam doer os pés mas o meu fascínio não se alterou por esse mero detalhe.
Aquele chão irregular, em semicírculo, com aquelas pedras...
Era um cantinho da minha memória, esquecido de alguma vida passada e fiquei ali perdida, em lembranças estranhas, em existências de gentes e costumes antigos de uma outra realidade.
Então algo de incrível, aconteceu.
Uma pedra moveu-se, distendeu-se, esticou-se e arqueando-se, tomou forma.
Um gato de matizes estranhos, cinzentos, brancos, negros, deslizou silencioso e encostando-se às minhas pernas, sussurrou:
- Lembras-te de mim ? Era o teu gato, há muitos anos, quando foste
outra pessoa...
Mas reconheci-te, passas por aqui todas as tardes.
Continuas com o hábito de franzir o nariz, como quando foste minha dona e alguma coisa te enervava.
Vocês, humanos são estranhos, esquecem com tanta facilidade as vossas outras vidas.
Baixei-me, maquinalmente para o acariciar, mas ele afastou-se, olhando-me com tanta ternura, tanto amor que foi como se me tivesse tocado a alma. Num ápice, enroscou-se contra as pedras, fundindo-se e desaparecendo suave, diante dos meus olhos marejados de lágrimas.
Tentei perceber onde ele estava mas só vi pedras brancas, cinzentas e algumas pretas.
Passo lá todas as tardes, bem olho, embora eu saiba que ele está lá, tranquilo, numa outra dimensão, nunca mais consegui ver o meu gato-pedra.
Passaram quatro anos e acabava de subir a rua paralela àquela onde encontrara o meu gato de outra vida, vida essa que somente entrevira num relampejar indecifrável.
As memórias assaltaram-me e voltei-me para comentar esse episódio, com o meu marido que ia a guiar quando tivemos de parar no semáforo.
Não tive tempo de lhe dizer nada pois ao olhar para o lado, no meio de umas casas velhinhas, no chão de cimento meio estalado e algumas pedras espalhadas, o meu gato-pedra estava lá, sentado e com aquele ar imponente que só alguns gatos conseguem ter, olhando para mim.
E se é permitido a um gato sorrir, ele estava sorrindo para mim.
Dei um grito mas foi exactamente no momento em que o sinal verde caiu e o carro arrancou.
Atabalhoadamente, tentei explicar ao meu marido mas, como é evidente, ele nada vira.
Achei que nem valia a pena voltar para trás pois era o gato-pedra algo tão meu que certamente quando olhássemos os dois, apenas veríamos pedras e cimento.
Há memórias que são definitivamente im-partilháveis com outro alguém.

conto do livro GATO PEDRA
maria de são pedro
editado em Maio de 2006

quinta-feira, outubro 05, 2006

GOLFINHO


O Golfinho bebé já tem 1.70 m e 107 kgs de peso.
Já fala e continua a engordar.
A disposição é óptima.
O AMOR faz milagres.
Este é um deles.
OBRIGADA a todos que têm ajudado nesta campanha.
BEM HAJAM
maria de são pedro

a partir de dia 14 lá estou eu a realizar um dos sonhos da minha vida ::)))