ao mexer nuns papeis velhos encontrei este poema que me acompanhou durante mais de 50 anos, no meio dos meus poemas.
Procurei no Google o nome do autor e descobri-o ao 1º email.
Ele recupera um poema antigoe, eu venho a conhecer o autor de um poema que sempre me deixou arrepiada.
Sinto-me muito honrada, EURICO FERRAZ.
PRÉDICA
- Camaradas!
(e a voz atraía multidões...)
Hoje não falarei de fome,
Nem de dores, misérias, aflições,
Nem de violências sem nome,
Nem de sexo, nem do caos
Dos problemas sociais!
Hoje não vos falarei de guerras
- Viets, Banglas, Laos,
Já não são mais
que nomes de terras banais,
Que a gente lê sem emoção
Diariamente nos jornais!
Hoje não vos falarei de raptos,
De injustiças, de mentiras,
Nem de ódios, nem de iras;
Nem sequer vos falarei de Paz
- esse pretexto inventado
Para ser quebrado
Quando aos homens apraz
E iniciar crianças
Nas mil e uma maneiras
De cozinhar matanças!
Não vos falarei de Liberdade
- esse facho que incendeia
Almas e corações,
Que tantos fogos ateia,
Que tantos corpos consome!
(que o digam as multidões
Daqueles que, em seu nome,
Apodrecem nas prisões…).
- Camaradas!
De alma lavada e coração aberto
Vou falar-vos de Amor,
Bom senso e Tolerância!
Escutai-me!
……………………………….................
(e a voz pregava no deserto…)
Eurico Ferraz
Procurei no Google o nome do autor e descobri-o ao 1º email.
Ele recupera um poema antigoe, eu venho a conhecer o autor de um poema que sempre me deixou arrepiada.
Sinto-me muito honrada, EURICO FERRAZ.
PRÉDICA
- Camaradas!
(e a voz atraía multidões...)
Hoje não falarei de fome,
Nem de dores, misérias, aflições,
Nem de violências sem nome,
Nem de sexo, nem do caos
Dos problemas sociais!
Hoje não vos falarei de guerras
- Viets, Banglas, Laos,
Já não são mais
que nomes de terras banais,
Que a gente lê sem emoção
Diariamente nos jornais!
Hoje não vos falarei de raptos,
De injustiças, de mentiras,
Nem de ódios, nem de iras;
Nem sequer vos falarei de Paz
- esse pretexto inventado
Para ser quebrado
Quando aos homens apraz
E iniciar crianças
Nas mil e uma maneiras
De cozinhar matanças!
Não vos falarei de Liberdade
- esse facho que incendeia
Almas e corações,
Que tantos fogos ateia,
Que tantos corpos consome!
(que o digam as multidões
Daqueles que, em seu nome,
Apodrecem nas prisões…).
- Camaradas!
De alma lavada e coração aberto
Vou falar-vos de Amor,
Bom senso e Tolerância!
Escutai-me!
……………………………….................
(e a voz pregava no deserto…)
Eurico Ferraz
5 Uivos:
E eu penso que a voz pregará sempre no deserto! Infelizmente. Beijinhos, Maria.
Coincido con Paula...Predicará en el desierto (recuerdo Laos), pero hay que seguir buscando la paz el amor y la libertad.
Un Beijo!
Obrigado, Maria de S. Pedro, por ter recuperado um poema que andou esquecido (perdido...) durante quase meio século! Obrigado, também, por tê-lo aqui posto, neste sítio tão aprazível!
No fundo, ele é mais seu do que meu. Eu fui apenas o "progenitor"; a Maria guardou-o, conservou-o, alimentou-o (com as várias leituras), cuidou dele com carinho.
Bem-haja!
Espero que os seus amigos o apreciem...
Quantas vozes pregam no deserto?...
Ninguém liga porque fala de "amor"!
Bom fim de semana.
Maria
Lindo!!!!Tinhas razão, Lua!!!;)
Jinhos mil
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