quarta-feira, março 21, 2007

VENEZA


Mausoléu de almas gémeas – defuntas,
Veneza e seus canais negros
de história e mistério,
onde os fantasmas de Tintoretto,
Ticiano e Casanova
flutuam atentos
em névoas vagas.
Paredes, pontes,
recantos sombrios velam
por velhos adormecidos
em sonhos estranhos...
Dispersos cantos gondolieri
contornam esquinas pétreas
e limosas.
Esvaindo-se em quimeras,
teus olhos de água
revoltaram-se em fúrias negras,
e num pacto estranho e mágico,
as marés vão subindo,
lentas e inexoráveis.
Hostes de fantasmas
materializam-se dentro da multidão.
Máscaras preciosas agitam-se
num Carnaval de orgia
e Veneza submerge suavemente
no mar da sua dimensão.
maria de são pedro

5 Uivos:

Blogger Manel do Montado uivou...

Excelente poema, mas desculpa lá…Veneza não mexe comigo, antes Aveiro ou Amesterdão.
Gostos.
Bj

8:57 da tarde  
Blogger Cleopatra uivou...

Este comentário foi removido pelo autor.

8:02 da tarde  
Blogger Cleopatra uivou...

Gostei.
É mais ao menos assim...
Mas senti-a de outra maneira....
tenho de te contar.
Este teu é muito forte.
Gostei!

8:02 da tarde  
Blogger Maria Carvalho uivou...

Estive uma vez em Veneza e achei aquele cheiro execrável! Não estou influenciada pelo Patrick Suskind, mas de facto não gostei. Do teu poema, sim, gosto. Muito. Beijos para ti, Maria e um óptimo fim de semana. Arriverdeci...

9:05 da tarde  
Blogger Rodolfo N uivou...

Venecia tem o magico mistério...
Gostei muito poema
Beijos

11:48 da manhã  

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