terça-feira, março 08, 2005

Ao longe, ao luar

Fernando Pessoa
Ao longe, ao luar,

No rio uma vela,

Serena a passar,

Que é que me revela ?

Não sei, mas meu ser

Tornou-se-me estranho,

E eu sonho sem ver

Os sonhos que tenho.
Que angústia me enlaça ?

Que amor não se explica ?

É a vela que passa

Na noite que fica.

1 Uivos:

Anonymous Anónimo uivou...

Que força têm o luar, o rio, a vela, que despertam nos poetas tantos sonhos, tantas angústias? Porque fazem nascer esta interrogação sobre a vida?
Qual o seu poder mágico? Perguntas que ficam no ar à espera da resposta dum outro qualquer poeta...

9:40 da tarde  

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