domingo, fevereiro 27, 2005


O cheirinho a tangerina doce
que resta numa tigela de barro
onde cascas partidas e repartidas
descansam descuidadas.
O frou frou de alhos e cebolas,
enrolados no jornal da véspera,
perfuma a neblina cálida
de um fim de tarde
numa cozinha de subúrbio.
Quando a campainha berrar,
(e porque o raio da campainha berra)
é hora de lavar as mãos
e enroscar-me no meu homem
que chega da fábrica.

2 Uivos:

Blogger Unknown uivou...

a vewrdade é que os cheiros avivam-nos as memórias e os amores, essa é a verdade, nua e crua e ás vezes tão doce.

11:49 da tarde  
Blogger LUA DE LOBOS uivou...

gostaste do poema?
ainda não foi publicado em papel ::))
mas irá...acho ::))

12:17 da tarde  

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